Foto: Divulgação/PR.

Em um encontro em Pequim, nesta sexta-feira (14), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chinês Xi Jinping assinaram 15 acordos que envolvem os governos dos dois países.

Além disso, também foram assinados outros 20 acordos comerciais entre empresas e entes públicos do Brasil e da China. Parte dos acordos já havia sido antecipada pelo analista da CNN Caio Junqueira.

Entre as medidas entre os governos está um memorando de entendimento do Ministério da Fazenda com o Ministério das Finanças da China para a promoção de cooperação e colaboração de projetos de interesse mútuo, como parcerias público-privadas (PPPs), infraestrutura e captação de recursos.

Na área das comunicações, há o entendimento entre o ministério brasileiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China para políticas de intercâmbio, ajuda entre instituições de pesquisa e contribuição para indústria de tecnologia da informação e comunicação.

Há também o plano de Cooperação Espacial 2023-2032, que determina as atividades bilaterais entre a Administração Espacial Nacional da China e Agência Espacial Brasileira no período de dez anos.

Foi decidido também o estabelecimento de termos para a reinstituição do grupo de trabalho de facilitação de comércio da subcomissão econômico-comercial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

Veja a lista dos 15 acordos assinados entre Brasil e China:

1 – Memorando de entendimento sobre o grupo de trabalho de facilitação de comércio entre o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e o Ministério do Comércio da República Popular da China;

2 – Protocolo complementar sobre o desenvolvimento conjunto do CBERS-6 entre o governo da República Federativa do Brasil e o governo da República Popular da China ao “acordo-quadro sobre cooperação em aplicações pacíficas de ciência e tecnologia do espaço exterior entre o governo da República Federativa do Brasil e o governo da República Popular da China”;

3 – Memorando de entendimento sobre cooperação em pesquisa e inovação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;

4 – Memorando de entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da República Popular da China sobre cooperação em tecnologias da informação e comunicação;

5 – Memorando de entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China para a promoção do investimento e cooperação industrial;

6 – Memorando de entendimento sobre o fortalecimento da cooperação em investimentos na economia digital entre o Ministério do Comércio da República Popular da China e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil;

7 – Memorando de entendimento (“MDE”) entre o Ministério da Fazenda do Brasil e o Ministério das Finanças da China;

8 – Memorando de entendimento sobre cooperação em informação e comunicações entre o Ministério das Comunicações da República Federativa do Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações da República Federativa do Brasil e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da República Popular da China;

9 – Acordo de coprodução televisiva entre o governo da República Federativa do Brasil e o governo da República Popular da China;

10 – Memorando de entendimento entre Grupo de Mídia da China e Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República Federativa do Brasil;

11 – Acordo de cooperação entre Agência de Notícias Xinhua e Empresa Brasil de Comunicação;

12 – Memorando de entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar da República Federativa do Brasil e o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da República Popular da China na cooperação para o desenvolvimento social e rural e combate à fome e à pobreza;

13 – Plano de cooperação espacial 2023-2032 entre a Administração Espacial Nacional da China e a Agência Espacial Brasileira;

14 – Plano de trabalho Brasil-China de cooperação na certificação eletrônica para produtos de origem animal;

15 – Protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração-Geral de Aduanas da República Popular da China sobre requisitos sanitários e de quarentena para proteína processada de animais terrestres a ser exportada do Brasil para a China.

Por CNN.

Xi Jinping | Tudo Sobre | G1

Putin recebe a solidariedade do parceiro chinês Xi Jinping

Por Igor Gielow

O líder da China, Xi Jinping, chegou nesta segunda-feira (20) a Moscou para reafirmar sua aliança com a Rússia de Vladimir Putin, o presidente que foi indiciado por crime de guerra na Ucrânia pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) há três dias.

“China e Rússia são bons vizinhos e parceiros confiáveis”, afirmou o chinês em um comunicado divulgado pela agência estatal russa Tass. Ele afirmou que a visita permitirá “um novo ímpeto ao desenvolvimento” da aliança entre os países.

NOVA GUERRA FRIA – É sua primeira visita à Rússia, aliada de Pequim na Guerra Fria 2.0 contra os EUA e seus parceiros ocidentais, em quatro anos. Em 2022, eles se reuniram presencialmente duas vezes.

Na primeira, 20 dias antes da invasão da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, selaram um acordo de “amizade sem limites” que se expandiu ao longo do ano na forma de um aumento de 48% das importações chinesas de produtos russos, a maior parte em petróleo e gás, ajudando a manter a economia do aliado viva sob as sanções ocidentais devido à guerra.

Depois, em setembro do ano passado, eles se encontraram em uma cúpula de países centro-asiáticos. Ali, os relatos iniciais eram de que Xi Jinping não estava satisfeito com a continuidade da guerra na Ucrânia, mas na prática o que se viu foi o anúncio de um incremento ainda maior na cooperação militar entre os países, que fazem regularmente patrulhas conjuntas no Pacífico.

DOBRANDO A APOSTA – O fato é que a China está dobrando sua aposta com Putin, que chamou Xi de “velho e bom amigo” em um artigo publicado nesta segunda no jornal Rossiskaia Gazeta — que, na véspera, havia feito o mesmo com um texto em que o chinês louvava o relacionamento estratégico com o russo.

Xi Jinping é o primeiro líder mundial a estar com Putin desde o indiciamento, ocorrido pela acusação de sequestro de crianças ucranianas. É ato largamente simbólico: nem Rússia, nem China, nem Ucrânia ou mesmo os EUA aceitam a jurisdição da corte. A hipocrisia da posição ocidental foi explicitada pela manifestação do presidente Joe Biden, elogiando a medida como prova da culpa de Putin em um cartório não reconhecido pelo americano.

Seja como for, é um constrangimento que colocará à prova por exemplo a África do Sul, aliada de Moscou: como reconhece o TPI, teria de prender o russo se ele aparecer em uma cúpula do grupo Brics (com Brasil, Rússia, Índia e China) no segundo semestre. O governo local, de todo modo, já ignorou ordem da corte em uma ocasião.

PESOS DISTINTOS – A China, por sua vez, condenou o indiciamento, dizendo por meio de sua chancelaria nesta segunda que o TPI deve “evitar politização e pesos distintos”, além de “respeitar a imunidade de chefes de Estado”. Do lado russo, além de o Kremlin considerar a medida “nula e vazia”, veio do ex-presidente Dmitri Medvedev o comentário mais afinado com a retórica belicista vigente no país.

“Os juízes do TPI ficam excitados em vão. Todo mundo caminha sob Deus e foguetes. É bem possível imaginar o uso preciso de um [míssil] hipersônico Oniks de um navio russo no mar do Norte contra a corte em Haia [Holanda]”, escreveu no Telegram o político, número 2 do Conselho de Segurança russo.

“A corte é só uma organização internacional miserável, não a população de um país da Otan [como a Holanda, o que iniciaria uma guerra em caso de ataque]. Assim, juízes, olhem com cuidado para o céu”, escreveu. Medvedev confundiu os mísseis: o modelo hipersônico naval russo se chama Tsirkon; Oniks é uma versão de cruzeiro supersônica.

GUERRA DA UCRÂNIA – O tema central da visita de Xi Jinping, que terá um jantar informal com Putin nesta segunda e reuniões de trabalho na terça (21), é, claro, a Guerra da Ucrânia. Os chineses se equilibram desde a invasão, pedindo a paz e até sugerindo um salomônico acordo com 12 pontos que na prática não resolvem a questão, e se recusando a condenar a Rússia.

O Kremlin, ganhando tempo, disse ver com bons olhos a proposta de mediação chinesa, como de resto fez até com a sugestão de Lula para criar um grupo de nações não alinhadas no conflito e discutir a paz. Kiev e o Ocidente rejeitam isso, considerando que a China tem lado —de resto, como os EUA.

O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, disse que a proposta chinesa seria discutida “de uma forma ou de outra”. Mas ressaltou que não há condições para “a redução das hostilidades”, o que naturalmente ele disse ser culpa dos EUA, fiador militar de Kiev.

VITÓRIA DE PUTIN – Politicamente, a visita de Xi Jinping é uma vitória para Putin, amplificada pela casualidade do indiciamento penal. O Ocidente passou 2022 pressionando Pequim a deixar o russo isolado, e admoestando Xi Jinping a não querer repetir na ilha autônoma de Taiwan o modus operandi do Kremlin na Ucrânia.

O encontro ocorre em meio a grande crispação internacional: os EUA acabam de fechar acordo para fornecer submarinos nucleares para a Austrália em um pacto anti-China, com o Reino Unido, e os russos derrubaram um drone americano no mar Negro, restando saber se foi de propósito.

Não há a expectativa, contudo, de algo bombástico, como o fornecimento público de armas chinesas para os russos, como especulam os americanos.

SÓCIO MINORITÁRIO – Além disso, a posição de Putin evidencia a posição de sócio minoritário na aliança com a China, não menos por ter uma economia dez vezes menor do que a segunda maior do mundo. Não são poucos os analistas que veem no apoio contínuo de Xi Jinping a vontade de manter próxima uma província energética montada num arsenal atômico comparável ao da rival Washington.

Mas os contornos da Guerra Fria 2.0, disparada por Donald Trump contra um assertivo Xi Jinping em 2017, ficam nítidos. Como já mostrava uma pesquisa de percepção popular em todos os países envolvidos, a Guerra da Ucrânia vem dividindo o mundo no conglomerado ocidental liderado pelos EUA, no bloco China-Rússia e seus apêndices e numa terceira força, não homogênea, que inclui não alinhados como Índia e Brasil.

É um processo em curso ainda, e não há as condições de bipolaridade da primeira Guerra Fria por particularidades econômicas, como a interdependência entres os principais rivais que dificulta um rompimento radical, e também políticas. Não é mais uma disputa política entre comunismo e capitalismo, como no século 20.

A pedido do governo de São Paulo, o ex-presidente Michel Temer entrou nas negociações para liberar a importação dos princípios ativos para fabricação da vacina CoronaVac no Instituto Butantan. Ele entrou em contato com um ex-embaixador da China no Brasil, com que tem boas relações, para que fosse encaminhado o pedido ao presidente chinês Xi Jinping. Na última terça (19), Temer ligou para o ex-embaixador Li Jinzhang, que hoje trabalha no palácio presidencial da China, e recebeu a promessa de que o pedido de ajuda para liberar a importação seria levado ao presidente chinês. A informação da entrada de Temer nas negociações foi publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada ao blog pelo secretário de Governo de São Paulo em Brasília, Antonio Imbassahy, e pela assessoria do ex-presidente brasileiro.
14
jul

Made in China…

Postado às 23:06 Hs

 

Henrique Alves recebe presidente da China em visita ao Congresso nesta quarta-feira


O presidente da China, Xi Jinping, visita o Congresso Nacional nesta quarta-feira (16), após participar da 6ª Cúpula do Brics em Fortaleza. O Brics é um grupo de países em desenvolvimento formado por Brasil, China, Rússia, África do Sul e Índia.

Jinping irá ao Congresso a convite do presidente da Câmara, Henrique Alves. Em abril, uma comitiva de deputados, composta pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e mais seis parlamentares, estive na China para visita oficial de sete dias a convite do governo chinês.

No encontro com Henrique Alves, em Beijing, o presidente chinês afirmou que seu país quer estabelecer uma parceria estratégica com o Brasil que se torne um sinal especial para o mundo, ressaltou a importância dos parlamentos e disse que gostaria de falar aos parlamentares e políticos brasileiros.

Henrique Alves lembra que há uma vontade real dos dois países de estreitar relações, e a visita do presidente chinês ao Brasil é a prova desse esforço para ampliar a cooperação nas áreas econômica, acadêmica, cultural, política e de turismo.

 

Em Brasília, Xi Jinping deve inaugurar uma exposição fotográfica no Salão Verde da Câmara sobre as relações diplomáticas entre o Brasil e a China, que completam 40 anos em agosto. Às 15 horas, ele participará de sessão solene do Congresso, no Plenário Ulysses Guimarães.

A China tornou-se em 2009 o maior parceiro comercial do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos. Em 2013, o comércio entre os dois países somou quase US$ 90 bilhões, 5,1% a mais do que no ano anterior.

abr 19
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