Três dias após o governo da Venezuela divulgar que Hugo Chávez teve piora em Cuba, a cúpula da oposição exigiu que os dirigentes do chavismo digam “toda a verdade” sobre o estado do presidente e declarem que ele não está em condições de governar.

“Pretender que as pessoas acreditem que o presidente está no exercício de suas funções é de uma irresponsabilidade descomunal”, disse Ramón Guillermo Aveledo, dirigente da coalizão oposicionista MUD (Mesa da Unidade).

Aveledo disse que faltam “dados fundamentais” sobre o quadro de Chávez, que convalesce em Havana de uma cirurgia oncológica realizada no dia 11, e culpou o próprio governo pela onda de rumores sobre a saúde do presidente.

Ele rejeitou a tese de que a posse do novo mandato de Chávez, prevista para o próximo dia 10, possa ser adiada.Aveledo disse que, caso Chávez não possa ser juramentado, sua “ausência temporária” deve ser declarada. Neste caso, o chefe do Legislativo assume interinamente.

A “ausência temporária” poderia ser legalmente estendida por até 180 dias, seguida de novas eleições.

A oposição considera apelar às instâncias do Mercosul, do qual a Venezuela faz parte desde agosto, e da OEA (Organização dos Estados Americanos) caso seja adiada a posse.(Folha)

 

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