Os depósitos feitos em caderneta de poupança em 2012 superaram os saques em R$ 49,719 bilhões, segundo números divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Incluindo os créditos de rendimento, o saldo das cadernetas fechou o ano passado em R$ 496,302 bilhões.
A captação líquida de 2012 é a maior desde 1995, quando tem início a série histórica do BC. O antigo recorde tinha sido registrado em 2010 (R$ 38,681 bilhões). Em 2011, a captação líquida não chegou a um terço da do ano passado (R$ 14,186 bilhões).
Em dezembro, especificamente, os depósitos superaram os saques em R$ 9,205 bilhões – valor também recorde para o último mês do ano. Do montante alcançando no mês passado, R$ 6,873 bilhões foram captados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) – que destina 65% dos recursos ao financiamento imobiliário – e R$ 2,331 bilhões pela poupança rural.
Os números do BC sobre 2012 mostram que a poupança continua atrativa mesmo com a mudança na regra de remuneração. Em maio do ano passado, o governo atrelou os juros da caderneta à taxa básica de juro (Selic) para evitar que outras aplicações financeiras de renda fixa perdessem atratividade frente à poupança em função da queda do juro básico.
Os recursos depositados a partir de 4 de maio de 2012 rendem o equivalente a 70% da Selic mais Taxa Referencial (atualmente zerada). Com a Selic em 7,25% ao ano, isso equivale a rendimento de 5,075% ao ano ou 0,4134% ao mês. Mesmo que a Selic mude ao longo do período mensal considerado, a taxa aplicável é a vigente na data em que se deposita, ou seja, a do início do período. Para depósitos anteriores a 3 de maio do ano passado, a remuneração continua sendo de 6,17% ao ano mais TR, o que represenra 0,5% ao mês.
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