O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, vai receber o aval dos 27 dirigentes regionais do partido para aderir formalmente à base aliada do governo Dilma Rousseff (PT) e apoiar a reeleição da petista em 2014.

Para superar resistências aos petistas e assegurar a aprovação da aliança, Kassab deu carta branca para que os líderes da sigla façam oposição ao PT ou mantenham alianças com governadores do PSDB em 12 Estados.

Levantamento feito pela Agência Estado na última semana revela que não há restrições entre os presidentes estaduais do PSD ao plano de Kassab de integrar a base de Dilma – a exceção é o Rio, onde a sigla ainda realiza consultas, mas seu apoio é dado como certo.

Mesmo dirigentes que disputam espaço com o PT em seus Estados ou ocupam cargos em governos do PSDB relatam que concordam com a adesão.

É o caso de Minas Gerais, onde o PSD apoia o governo de Antônio Anastasia (PSDB), do Acre, onde a legenda é adversária do PT do governador Tião Viana, do Paraná, onde o partido deve apoiar a reeleição do governador Beto Richa (PSDB), e de Goiás, onde a sigla tem cargos no governo do tucano Marconi Perillo.

“Não teríamos nenhum constrangimento em apoiar o governo Dilma, mesmo integrando o governo do Estado”, afirma Vilmar Rocha, presidente do PSD goiano e secretário da Casa Civil do governo Perillo.

Em troca do apoio a Dilma, Kassab avisou aos políticos desses Estados que a sigla terá liberdade para trilhar caminhos opostos às pretensões do PT em seus Estados.

O PSD também deve se distanciar do PT no Acre, onde o grupo que fundou a sigla é adversário da família do governador petista Tião Viana.”Já temos votado praticamente tudo com a base do governo federal no Congresso, mas, no Acre, o PSD não tem condições de caminhar com o PT”, resume o senador Sérgio Petecão, presidente do PSD no Estado.

No Paraná, os dirigentes do partido de Kassab afirmam que não têm “arroubos de entusiasmo” para apoiar o PT de Dilma, mas admitem que seguirão o plano do presidente nacional do PSD.Nas eleições paranaenses, no entanto, pretendem caminhar ao lado do governador Beto Richa (PSDB). “Nós temos uma ligação muito forte, até emocional, com Beto”, diz Alceni Guerra, vice-presidente do PSD-PR.

 

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