PMDB RETOMA FORÇA DE ÉPOCA DA CONSTITUINTE
Em menos de quinze dias o PMDB vai acumular um poder político que só teve durante a Assembleia Constituinte (1987/88), quando dominou o Executivo e o Legislativo e elegeu 22 dos 23 governadores que tomaram posse em 15 de março de 1987. A partir do mês que vem, o partido será o dono dos três postos da linha sucessória da presidente Dilma Rousseff: vice-presidente da República, presidente da Câmara e presidente do Senado.
“Nós nos preparamos para isso. Apesar de sermos o mais antigo partido em atividade, continuamos muito competitivos”, disse o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). “Queremos repetir a chapa presidencial em 2014 e, em seguida, preparar um candidato próprio à Presidência para 2018″, afirmou Raupp. Ele disse ainda que a aliança firmada com o PT desde o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2006) foi coroada de êxito e permitiu ao PMDB voltar ao Palácio do Planalto, com Michel Temer como vice de Dilma Rousseff.
Para o cientista político Antonio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o fortalecimento do PMDB obrigará a presidente Dilma Rousseff a mudar radicalmente sua forma de conviver com o Congresso nos dois últimos anos de seu governo. “Ou a presidente resolve de vez esse impasse em relação à convivência com o Congresso ou passará a ser derrotada seguidamente”. (Estadão)
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