Mesmo com a crise financeira internacional, que influenciou o nível de atividade da economia brasileira, e com as desonerações de tributos anunciadas pelo governo federal no ano passado, a arrecadação de impostos e contribuições federais subiu 0,7% em 2012, em termos reais, e bateu novo recorde histórico ao somar R$ 1,02 trilhão. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23) pela Secretaria da Receita Federal.
De acordo com informações do Fisco, 2012 foi a primeira vez que a arrecadação federal rompeu a barreira de R$ 1 trilhão em um ano fechado. Em 2011, havia somado R$ 969 bilhões. No ano passado, a arrecadação registrou o terceiro crescimento real (após o abatimento da inflação) consecutivo. A série histórica da Receita Federal começa em 1985, mas a que leva em conta valores corrigidos pela inflação (IPCA) tem início em 2003.
Desde 2009, quando o país sentiu o impacto da primeira etapa da crise financeira, após o anúncio de concordata do Lehman Brothers (em setembro de 2008), a arrecadação não tem queda real. De 2002 para 2003, a arrecadação caiu 1,85% em termos reais, mas em 2004 houve crescimento de 10,6%; de 5,65% em 2005; 4,48% em 2006; 11,09% em 2007; e de 7,68% em 2008. Em 2009, a arrecadação recuou 3%, mas subiu 9,85% em 2010 e 10,1% em 2011.
Em termos nominais, a arrecadação cresceu R$ 59 bilhões no ano passado, ou seja, sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados em 2011 e 2012. Deste modo, esse crescimento foi contabilizado com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União. Ainda assim, ficou abaixo do crescimento de R$ 143 bilhões registrado de 2010 para 2011. (G1)
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