Com a fala de Dilma foi dada a largada da disputa rumo a 2014…

O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) na noite dessa quarta-feira (23) para anunciar redução na conta de luz a partir desta quinta (24) foi alvo de críticas da oposição. Uma nota divulgada pelo PSDB, com a assinatura do presidente nacional do partido, o deputado federal por Pernambuco Sérgio Guerra, classifica a fala da presidente como um “abandono” ao conceito de República.

 “A chefe da Nação, que deveria ser a primeira a reconhecer-se como presidente de todos os brasileiros, agora os divide em dois grupos: o ‘nós’ e o ‘eles’. O dos vencedores e o dos derrotados. Os do contra e os a favor. É como se estivesse fazendo um discurso numa reunião interna do PT, em meio ao agitar das bandeiras e ao som da charanga do partido”, reclama o texto.

Em uma fala incisiva, a presidente criticou “aqueles que são sempre do contra”, afirmando que eles “estão ficando para trás. “Nosso País avança, sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades”, ressaltou.

O PSDB também avaliou que o pronunciamento teve “caráter político-partidário”, inclusive por ter utilizado a marca publicitária do atual governo no lugar do brasão da República. “Na noite desta quarta-feira, o país assistiu à mais agressiva utilização do poder público em favor de uma candidatura e de um partido político: o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, em rede nacional de rádio e TV, sob o pretexto de anunciar, mais uma vez, a redução do valor das contas de luz, já prometida em rede nacional há quatro meses e alardeada em milionária campanha televisiva paga pelos contribuintes”.

O PSDB denuncia o uso indevido feito de um instrumento reservado ao interesse público para promoção pessoal e política da presidente, e alerta os brasileiros para a gravidade desse ato que fere frontalmente os fundamentos do Estado democrático. No governo do PT, tudo é propaganda, tudo é partidarizado. Nada aponta para o equacionamento verdadeiro dos problemas do país ou para uma solução efetiva. Em vez de assumir suas responsabilidades de gestora, fazendo o governo produzir, o que se vê é o lançamento prematuro de uma campanha à reeleição, às custas do uso da máquina federal e das prerrogativas do cargo presidencial.

 

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