Embora a captação líquida da poupança (diferença entre os depósitos e os saques) indique que a caderneta ainda tem a preferência dos brasileiros na hora de aplicar –o valor ficou em R$ 2,3 bilhões em janeiro, o maior para o mês desde 2010–, esse tipo de investimento deve passar para segundo plano no cenário de juros baixos, afirmam especialistas.

Erasmo Vieira, consultor da Planilhar Planejamento Financeiro, acredita que o que tem mantido a poupança como principal investimento dos brasileiros é o fato de que eles ainda estão com medo de arriscar. “A poupança é fácil de aplicar, não tem muita regra, nem muitas variações, por isso as pessoas investem nela”, diz.

Pela norma atual, todos os novos depósitos efetuados na poupança a partir de 4 de maio de 2012 renderão 70% da Selic + TR (Taxa Referencial, que hoje está zerada) sempre que o juro básico for menor ou igual a 8,5% ao ano. Como a Selic está em 7,25% ao ano, vale a regra.

Segundo o  consultor  avalia que o pequeno investidor, que tem entre R$ 10 mil a R$ 20 mil, tem optado pela poupança porque já consegue ter a noção de que alguns fundos de renda fixa oferecidos pelos bancos não têm rendido tanto quanto a velha cardeneta –pois os impostos e os custos incidentes nesses fundos comem boa parte dos ganhos.

Mas o consultor ressalta que algumas pessoas também começam a olhar para o Tesouro Direto (programa do governo para compra de títulos públicos pela internet). “O problema é que os bancos normalmente não incentivam seus clientes a usarem essa ferramenta” (Folha de São Paulo)

 

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