A ordem interna dada pela presidente Dilma Rousseff de fazer todo o possível para alcançar um crescimento de pelo menos 3,5% este ano colocou parte da máquina do governo num ritmo frenético.

As concessões em rodovias passaram por um freio de arrumação a favor do mercado, depois que o governo constatou que as condições inicialmente oferecidas despertaram pouco interesse.

Os pedágios máximos aumentaram, o custo dos empréstimos caiu e o prazo dos contratos foi alongado. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por sua vez, ganhou mecanismos para tentar superar sua já conhecida lentidão.

Em paralelo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenta reforçar a dose dos remédios já conhecidos para combater a queda na atividade econômica. Ele tem pressionado os bancos a elevar o volume de crédito.Além disso, estão em discussão novos cortes de impostos, como é o caso do PIS-Cofins.

O presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Bernardo Figueiredo, um dos idealizadores dos pacotes de concessão em portos, ferrovias e rodovias, explica melhor a situação:

— Nós não brigamos com o mercado. Temos convicção de que o governo precisa incentivar os investimentos em parceria com a iniciativa privada.

Ele observou que as concessões das estradas são as primeiras numa longa fila de empreendimentos a serem oferecidos às empresas e deverão movimentar R$ 370,2 bilhões.

Fonte: Estadão Conteúdo

 

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