Por Carlos Newton

O novo partido que está sendo criado pela ex-senadora Marina Silva vai se chamar Rede Sustentabilidade. A partir desta segunda-feira, será iniciada a coleta de no mínimo 500 mil assinaturas, em ao menos nove Estados, para que na nova sigla seja aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral. Caso contrário, adeus candidatura.

O trabalho de busca de adesões será feito pela internet e em ações de colaboradores nos Estados, que deverão seguir o mesmo esquema usado na eleição de 2010, quando voluntários montavam em suas residências comitês conhecidos como “Casa de Marina” para dar suporte à campanha presidencial da candidata.

O lançamento da Rede Sustentabilidade foi sábado de manhã no Unique Palace, o mais concorrido e caro point de Brasília, onde são realizadas as principais convenções e festas da corte federal. O luxo se explica e se justifica, porque Marina Silva não tem problema de patrocinador. Depois de ter sua campanha presidencial em 2010 bancada pelo empresário Gilberto Leal, do grupo Natura, a ex-senadora agora é patrocinada pela socialite paulista Maria Alice Setubal, filha do banqueiro Olavo Setubal e detentora de 3,5% das ações da holding do grupo Itaú.

“SUJEITO POLÍTICO”

Em seu discurso, Marina Silva afirmou: “O que está acontecendo aqui é um partido para questionar a si próprio, e tem que ser assim. Não pode ser partido para eleição. Não é o principal. Estamos em uma nova visão de mundo, de sujeito político que não é mais espectador da política, esse sujeito é protagonista”.

Com isso, Marina deu uma alfinetada no PT, partido criado sob o critério da “permanente autocrítica”, mas que abandonou essa prática depois de chegar ao Poder.

A festa teve a presença da ex-senadora Heloisa Helena. O ex-ministro e cantor Gilberto Gil não compareceu ao evento, mas mandou uma mensagem gravada, exibida em um telão, dizendo que a ex-senadora Marina Silva cumpre uma “importantíssima” tarefa levando pelos quatro cantos do país a “modernização da vida política do Brasil” e tentando “requalificar a dimensão da política”.

 

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