A informação está na coluna de Vera Magalhães, hoje, na Folha de S.Paulo:
”Amizade ou namoro? – A carta em que Eduardo Campos (PSB) aplaude a nova sigla de Marina Silva foi entregue por Sérgio Xavier, secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, que liderou comitiva de 25 representantes do Estado no evento dos sonháticos.
O governador diz a interlocutores que gostaria de ter a ex-senadora como vice em eventual chapa ao Planalto em 2014, caso a Rede não se viabilize legalmente até outubro.
Aliados de Marina têm alertado que quem tem voto só migrará para a Rede com garantia de alguma estrutura em 2014.”
Sobre a posição de Marina Silva :
Marina Silva, pré-candidata ao Planalto, mais uma vez, lançou o seu novo partido, no último fim de semana, em Brasília, repetindo o mesmo erro da eleição presidencial de 2010. Grande surpresa do primeiro turno, a então candidata do PV não apoiou nem Dilma nem Serra no segundo turno, optando pelo muro. E parece que gostou tanto da postura cômoda que afirmou, após a proclamação da “Rede Sustentabilidade”, esquisito nome da nova legenda, que não será nem situação nem oposição. Das duas, uma: ou Marina viaja na maionese, achando que existe espaço na política para a Diana do pastoril, ou não está levando seu projeto de disputar à Presidência da República, mais uma vez, a sério. Em qualquer regime democrático, só existe um candidato da situação, representado por quem está no poder. Na largada para consolidar seu novo partido, Marina comete um grande equívoco. Na política, não existe espaço para meio termo, ou é se é oposição ou governo. A ex-senadora perdeu um bom momento para se firmar como grande alternativa de oposição ao PT, à política equivocada que se iniciou com Lula, marcada por desmandos e escândalos. Evangélica, Marina conhece a Bíblia e deveria lembrar bem o conceito básico cristão: seja frio ou quente, nunca morno, porque os mornos não sabem o que querem. Na política, isso se chama fraqueza.
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