O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, defende um amplo diálogo entre a governadora Rosalba Ciarlini e os representantes dos partidos da base aliada. Ao analisar declarações da governadora, que sinalizou com a possibilidade de ampliar os espaços do PMDB na administração estadual, ele afirmou que o problema não está limitado ao relacionamento com os peemedebistas. Para o deputado, é necessário discutir uma recomposição com as demais legendas da base de apoio.
“Não adianta ter conversa com o PMDB, a insatisfação é generalizada. Todo governo tem um grupo político de apoio, de sustentação, que discute estratégias, faz críticas e pede reformulações. Não vejo um grupo político em torno de Rosalba”, disse o deputado federal. Ele analisou que é preciso uma discussão conjunta sobre projetos e ideias a médio e longo prazos.
Para Henrique Eduardo Alves não adiantaria o Governo buscar apenas o PMDB para conversar. “A reunião teria que ser com o grupo político que ainda apoia o governo (de Rosalba Ciarlini), para ver se é possível mudar de cara, tornar-se resultado de um trabalho coletivo, ajudar, dar sua colaboração”, destacou o peemedebista.
O presidente da Câmara dos Deputados analisou que vê atualmente apenas conversas pontuais, “gentilezas”. “Mas não é só isso. Está faltando articulação política, um grupo político competente e verdadeiro”, completou o deputado federal.
Ele disse que o movimento da governadora de recompor o grupo político precisa envolver necessariamente o deputado federal João Maia, presidente estadual do PR, o senador José Agripino Maia, presidente estadual do DEM, o deputado estadual Ricardo Motta, presidente da Assembleia Legislativa, além do próprio PMDB. “A questão não é só o PMDB, é a ausência de um grupo político nesse governo”, completou.
As críticas sobre o distanciamento político da governadora Rosalba Ciarlini feitas pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves reiteram declarações dadas por ele, em recente entrevista à TRIBUNA DO NORTE. O peemedebista reclamou da falta de comunicação do Governo, da ausência de um interlocutor e confirmou o naufrágio do conselho político.
“Não é cargo por cargo, é poder contribuir, ter uma participação mais efetiva, o Governo se abrir mais, ser mais transparente até das suas dificuldades e não com conversas isoladas que não tratam o conjunto dos graves problemas que atravessa o Rio Grande do Norte”, disse, na entrevista publicada no último dia 10.
Ele disse que o Governo Rosalba Ciarlini estava pecando pelo isolamento e por tratar as questões não de forma macro e com transparência, mas de forma setorizada.
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