Quando antecipou o início da campanha eleitoral de 2010 para 2008, o então presidente Luiz Inácio da Silva precisava do tempo como aliado para “construir” Dilma Rousseff.Para o projeto de reeleição da presidente isso não é mais necessário; oficialmente ela é a protagonista da cena política.
Tampouco Lula necessita de projeção, caso mais adiante decida se candidatar mais uma vez. Hipótese hoje negada – até para que não se antecipe junto com a campanha, na prática, o fim do mandato Dilma – mas sempre uma possibilidade se essa for a maneira mais segura de manter unida a tropa dos hoje aliados.
Ele cumpre, assim, um papel que a presidente da República não poderia desempenhar com a mesma desenvoltura.Precavido, o ex-presidente iniciou ontem, com uma pré-estreia estratégica no Rio para falar aos operários das obras de reforma do Maracanã, um périplo pelo País ao molde das caravanas dos anos 90 para preparar o terreno para as eleições presidenciais.
Até 18 de maio vai percorrer pelo menos 10 Estados, o que significa exposição garantida no noticiário político, presença junto ao eleitorado de cada canto do Brasil e “amarração” das alianças regionais antes que o adversário lance mão de uma parte delas. (Estadão)
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