A Câmara finalmente acabou com o 14º e o 15º salários anuais dos parlamentares, pagos há mais de 65 anos – um projeto já aprovado pelo Senado. A sociedade civil e a imprensa podem comemorar. Na pressão e no grito, ganhamos uma batalha. Mas não a guerra contra privilégios incrustados no Congresso brasileiro.

Os salários extras passarão a ser pagos apenas no início e no fim do mandato dos parlamentares, como ajuda de custo. Um dia, espero, esse penduricalho obtuso cairá totalmente. Um dia, se todos mantivermos a pressão, também será revista a verba mensal de R$ 78 mil para cada deputado contratar 25 assessores. Não existe privilégio semelhante no mundo. O dinheiro sai de nosso bolso. Não há justificativa. Ponto.

Há privilégios aceitáveis, que decorrem do conhecimento, da sabedoria, da idade. E há privilégios imorais. Como os 60 dias de férias anuais dos juízes. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, quer acabar com essa regalia.Não há justificativa para um juiz ter o dobro de férias de todos os trabalhadores no país.

 

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