A presidente Dilma Rousseff trabalha para tentar manter o PTB na base aliada do governo, assim como faz com o PR. Mas, no caso do partido de Roberto Jefferson, algoz dos petistas no mensalão, a ; ideia é não ceder um ministério. Os líderes petebistas querem a pasta da Ciência e Tecnologia ou a recém-criada Secretaria da Microempresa. Dilma, porém, aceita entregar apenas o comando de alguma estatal ou autarquia.
Nas últimas semanas, os dirigentes do partido foram sondados pelo governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB). Para conter o assédio de Campos, Dilma deve receber na próxima semana lideranças da legenda. O PTB integra a base aliada do governo, mas não ocupa nenhum ministério. Tem a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para complicar as negociações, Dilma tem reclamado, nos bastidores, da direção da Conab e poderá trocar o comando da companhia federal.
Histórico. Uma das siglas mais adesistas da política brasileira, o PTB se distanciou do governo Lula em 2005 quando o seu então presidente, Jefferson, denunciou o esquema do mensalão. Na eleição de 2010, o partido subiu no palanque do tucano José Serra Com a vitória de Dilma, o partido aderiu à presidente eleita e voltou à base do Palácio do Planalto no Congresso, mas sem cargos no primeiro escalão.
Como fica o PR
Se a vida já estava difícil para o PR, depois da divulgação das últimas pesquisas sobre a popularidade de Dilma Rousseff, o jogo deverá ficar ainda mais duro para Alfredo Nascimento e companhia reconquistarem espaço na Esplanada, observa Lauro Jardim, na sua coluna da VEJA:
”A cúpula do partido voltará a se reunir com Dilma na semana que vem para tratar da novela que virou a negociação de um nome, que agrade aos comandantes da sigla e, claro, ao governo. Cesar Borges é a bola da vez.
Se o PR voltar a torcer o nariz, a tendência é que acabe sem uma cadeira na segunda etapa da reforma ministerial. E tem mais, só Nascimento e seus amigos acham que o Ministério de Transporte está sendo guardado para eles.”
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