Marcos Feliciano e seus apoiadores evangélicos estão partindo para o “bateu, levou”. O presidente da Câmara, Henrique Alves, havia dado prazo até anteontem, terça-feira, para que o PSC e os líderes resolvessem esta crise bizarra em torno da Comissão de Direitos Humanos, que produziu novos confrontos com os manifestantes que pedem a saída do pastor. A reunião de terça-feira à noite acabou sem solução porque os evangélicos apresentaram a Henrique uma denúncia de 2011 contra o ex-presidente da comissão, o petista Domingos Dutra, um dos que têm pedido a renúncia do sucessor.

Ele teria demitido uma empregada doméstica que, ao discutir a recisão trabalhista na Justiça, teria descoberto que era, na verdade, funcionária da Câmara. E que seu verdadeiro salário era o dobro do que recebia”. Os evangélicos teriam armado um barraco, exibindo a abertura de processo contra Dutra no Conselho de Ética. O tempo fechou e a reunião se encerrou com Feliciano mantido no cargo. E assim a crise continua.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) defendeu que ‘não há o que fazer’ para forçar a saída do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) do comando da Comissão de Direitos Humanos. Há mais de 20 dias, Feliciano é alvo de protestos que o acusam de racismo e homofobia.

Um dos líderes da bancada evangélica, Cunha afirmou que é preciso deixar o deputado mostrar seu trabalho. ‘Protestam contra a permanência dele, mas nem deixam que ele se manifeste’, disse.

Em entrevista ao programa ‘Agora é Tarde’, da Band, quinta-feira, Marco Feliciano foi questionado se estava sendo usado pelo PT para distrair o público dos casos de corrupção. ‘Se isso estiver acontecendo, a presidente Dilma deve estar jogando fora o apoio dos evangélicos para a eleição do ano que vem’, respondeu.(Folha de S.Paulo)

 

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