O governo da Coreia do Norte anunciou neste sábado que está em “estado de guerra” com a Coreia do Sul, em uma nova ameaça que gerou uma onda de reações críticas e apelos por moderação para evitar uma catástrofe na problemática península coreana.

“A partir de agora, as relações intercoreanas estão em estado de guerra e todas as questões entre as duas Coreias serão tratadas segundo o protocolo adaptado à guerra”, declarou o governo da Coreia do Norte em um comunicado atribuído a todos os organismos oficiais.

“A situação que prevalece há muito tempo, segundo a qual a península coreana não está em guerra e nem em paz, acabou”, afirmou o texto divulgado pela agência oficial de notícias norte-coreana, KCNA.

O comunicado também adverte que qualquer provocação militar próxima às fronteiras terrestres ou marítimas entre o Norte e o Sul levará a “um conflito em grande escala e a uma guerra nuclear”.

O governo também ameaçou fechar o complexo industrial binacional com a Coreia do Sul da localidade de Kaesong, a 10 quilômetros da fronteira.

O anúncio de Pyongyang é a mais recente de uma série de ameaças da Coreia do Norte, recebidas com duras advertências pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos e que preocupam o mundo.

Na sexta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou o início dos preparativos para atacar com mísseis o território dos Estados Unidos e suas bases no Pacífico e na Coreia do Sul, em resposta aos voos de treinamento de bombardeiros americanos B-2, invisíveis a radares.

Em caso de provocação imprudente dos Estados Unidos, as forças norte-coreanas “deverão atacar sem piedade o (território) continental americano (…), as bases militares do Pacífico, incluindo Havaí e Guam, e as que se encontram na Coreia do Sul”, declarou Kim, citado pela agência oficial. (Agências)

 

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