Depois de a salada de tomates ter ficado mais cara nos últimos meses, agora é o leite que começa a pesar no bolso do consumidor. Na última quinta-feira, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apurou que o leite em pó (embalagem 400-500g) foi o produto da cesta básica que mais se valorizou na semana de 5 a 11 de abril, na faixa de 3,66%, na cidade de São Paulo – o grupo alimentação teve inflação de 0,97% e a cesta básica, de 0,82% no mesmo período. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Nova Zelândia, divulgados na quarta-feira, mostram ainda que a inflação do leite em pó passou de 0,30% em fevereiro para 1,63% em março, enquanto a do leite longa vida variou de -0,01% para 1,76% no mesmo período. Os itens acumularam altas respectivas de 2,78% e 2,49% no primeiro trimestre do ano e de 12,71% e 8,81% em 12 meses.
A consultoria agropecuária MB Agro alerta que os produtores brasileiros estão aumentando os preços para acompanhar o mercado internacional. A Nova Zelândia, o maior produtor de leite em pó do mundo (responde por um terço da produção mundial), teve a pior seca dos últimos 70 anos no verão passado. A fartura do pasto para alimentar as vacas leiteiras neozelandesas teve que ser reduzida, o que provocou uma queda na produtividade do rebanho. Apesar de os dados oficiais sobre a produção da Nova Zelândia no primeiro trimestre do ano serem preliminares, é consenso entre analistas que haverá um salto nos valores praticados no mercado internacional.(Veja)
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