Municípios do interior do Rio Grande do Norte, castigados pela maior seca dos últimos 50 anos, são alvo de ações destinadas a orientar agricultores para amenizar os efeitos da estiagem em diversos setores do agronegócio. O Projeto de Apoio à Gestão e Convivência com o Semiárido e o Projeto de Melhoramento Apícola, desenvolvidos pelo SEBRAE/RN, promovem uma série de clínicas tecnológicas, que prevê a capacitação de centenas de produtores em todo o Estado.

Na comunidade rural de Canafístola, em Alto do Rodrigues, um total de 85 agricultores foram beneficiados, na última quinta-feira (18), com as capacitações promovidas durante o “Dia de Campo”. Outros municípios receberão a programação. Caso de Assú, onde as ações serão desenvolvidas na segunda quinzena de maio.

Durante as clínicas tecnológicas, são abordados temas que, por meio de demonstrações práticas, orientam agricultores quanto à aplicação de tecnologias e ferramentas apropriadas para o atual cenário da Região do Semiárido. Entre elas, manejo reprodutivo de bovinos, cultivo da palma forrageira, destinada à alimentação animal, manejo e cultivo de hortas, além legislação apícola e beneficiamento e acondicionamento de cera.

A ação faz parte do conjunto de medidas previstas para o programa, que atende aos municípios com situação de emergência decretada em virtude da seca no Estado. Segundo Valdemar Belchior, co-gestor do Projeto de Apoio à Gestão e Convivência com o Semiárido, as clínicas tecnológicas visam, por meio de soluções simples e criativas, amenizar os prejuízos e oferecer condições de permanência dos agricultores no campo. “O projeto prevê uma série de ações que, de forma simplificada, pretende amenizar os prejuízos e dar condições para que o homem do campo possa permanecer em suas terras, e, desempenhando suas atividades comuns, como a apicultura e criação de animal, por exemplo”, explica.

O Projeto de Apoio à Gestão e Convivência com o Semiárido do Sebrae-RN atende cerca de 2 mil empreendedores rurais em todo o Rio Grande do Norte. As ações incluem ainda a disseminação de técnicas para a utilização racional de água, desenvolvimento de tecnologias – como a Produção Agroecológica Sustentável (PAIS), além de criar parcerias com instituições financeiras que disponibilizam linhas de crédito específicas para a situação emergencial da estiagem. Também integra a lista de medidas a orientação financeira, com foco na renegociação de dívidas e crédito emergencial.

fonte: Assessoria

 

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