Se até o final do primeiro mandato, o mapa de Pernambuco decorava seu gabinete no Palácio do Campo das Princesas, o governador Eduardo Campos (PSB) começa, em silêncio, a se debruçar cuidadosamente sobre o mapa do Brasil. O presidenciável, por enquanto, não quer holofotes. O objetivo é manter em sigilo os palanques estaduais que pretende arregimentar nos próximos meses.
O trabalho das lideranças do PSB está se desenvolvendo por regiões, sempre em busca de representações políticas que cumpram dois requisitos considerados fundamentais pelo estafe socialista: baixa vulnerabilidade ao assédio dos petistas e capacidade de suportar retaliações de aliados do Planalto. Eduardo Campos tem dito nos bastidores que não é o momento de fechar questão. Apenas de iniciar um estudo e mapear potenciais aliados.
A prioridade é costurar os apoios ao seu palanque. A pesquisa Datafolha divulgada em março deste ano apontou como resultado interno mais relevante o fato de o governador ser desconhecido por 55% do eleitorado nacional. O foco, então, voltou-se para a articulação de alianças que garantam ao menos cinco minutos durante a propaganda partidária na televisão. O tempo dos sonhos do socialista seria de seis a oito minutos, por isso tal afinco nas movimentações da chapa presidencial.
Fonte: Jornal do Commercio
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