Conciliar o papel de mulher, mãe, dona de casa e esposa e ainda estar à frente de um negócio não é uma tarefa tão fácil, mas muitas potiguares conseguem a proeza. Exemplos não faltam, alguns deles vêm das vencedoras da última edição do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios no Rio Grande do Norte, que aprenderam a aliar as responsabilidades maternas com a vontade de fazer diferença, empreender e se destacar no meio empresarial.
Para a mossoroense Cristiane Oliveira, que venceu a premiação na categoria Microempreendedor Individual com a ‘Salada da Galega’, a tarefa torna-se ainda mais desafiadora. Mesmo acordando às 4h da manhã e encerrando as atividades às 23h, não é difícil que aconteça de algum trabalho ser transferido para o dia seguinte. “Para mim, o dia só daria ara fazer tudo se tivesse 48 horas de duração. Eu me divido em mil para levar filho na escola, preparar as saladas, cuidar da casa, da contabilidade, cuidar as saúde, pagar contas, e dar atenção ao maridão. É muita coisa, mas eu me sinto realizada”, assegura.
Manter o filho Eduardo, de três anos, longe da produção e ao mesmo tempo dar atenção que ele necessita é um dos maiores desafios. Afastado da mãe durante os turnos da manhã e tarde, período em que permanece na escola, o filho quer atenção ao retornar para casa, e é quase impossível evitar deixá-lo longe da área produção. “Trabalhar em casa tem seus pontos positivos e negativos. Por um lado, estou perto do meu filho e posso correr quando ele gritar por mim ao acordar. Mas por outro lado, muitas vezes ele quer atenção e fica em meio à produção. Nessa hora é preciso ter muita calma para saber administra”, avalia.
Beleza
Apesar de não se considerar muito vaidosa, a correria diária acaba deixando os cuidados com a beleza em segundo plano. Ir a um salão e preparar uma produção diferente é algo raro. Resta à empreendedora abrir mão de certos procedimentos estéticos, optando apenas por uma escovação no cabelo e os cuidados com as unhas. “Devido à minha rotina, cuidar da beleza é luxo. Faço, no máximo, as unhas e uma escova no cabelo. Apesar disso tudo, não reclamo. Morreria se ficasse parada. Ser mãe, mulher, esposa e empreendedora é o máximo”, enfatiza.
Como empreendedora, Cristiane Oliveira uniu os benefícios de uma alimentação baseada no conceito saudável às necessidades do mercado e transformou salada de frutas em um negócio lucrativo. O negócio teve início em 2007, em Mossoró, com apenas R$ 4 de investimento.
Hoje, a Salada da Galega é uma empresa formalizada e reconhecida em Mossoró. Além das 200 porções diárias de saladas que comercializa em seu carrinho no ponto de venda fixo e na residência da família, a empreendedora já fornece o alimento para um total de seis lanchonetes da cidade. Outro foco do mercado são os buffets, para os quais também já começou a fornecer. Diariamente são produzidos cerca de 30 quilos de salada, e cada 200 gramas são vendidas a R$ 2,00.
Fonte: Assessoria
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