Desde o início do ano, a presidente Dilma Rousseff está empenhada em preparar o terreno para sua reeleição em 2014. Nos últimos meses, ela passou a abrir espaço na agenda para reuniões políticas, negociou pessoalmente acordos com partidos – o último terminou com a integração do PSD ao seu ministério – e ampliou a exposição no rádio e na televisão. Desde o início de sua gestão, quase todas as decisões políticas e as marcas da sua administração passaram pelo crivo do ex-presidente Lula e do marqueteiro Joaão Santana. Porém, à medida que o calendário eleitoral se aproxima, o time de conselheiros cresceu.

Aos poucos, a petista já sinaliza quem serão seus homens de confiança na campanha à reeleição. Em 2010, a própria Dilma apelidou de “três porquinhos” – em alusão à forma física – o grupo formado por José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo, coordenadores da equipe. Desse trio, somente Cardozo, atual ministro da Justiça, deverá repetir oficialmente o papel de coordenador do “projeto reeleição” em 2014.

Antonio Palocci, que terminou a campanha como homem forte da presidente, foi abatido ainda no início do governo do poderoso posto de chefe da Casa Civil. Conhecido por sua habilidade e trânsito com o empresariado, o petista teve um aumento de patrimônio de 25 vezes em quatro anos, o que levantou suspeitas de tráfico de influência. Na corrida pela reeleição de Dilma Rousseff, é esperado que o ex-ministro atue nos bastidores e tenha uma atuação informal como arrecadador de campanha. Desde que deixou a presidência do PT por problemas de saúde, José Eduardo Dutra, o último dos “três porquinhos”, parou de participar do dia a dia da vida partidária.

O novo time para a corrida ao Palácio do Planalto tem velhos conhecidos da presidente, como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O ex-senador já anunciou que não tentará a indicação do PT para concorrer ao governo de São Paulo. Segundo aliados, apesar da incerteza que cerca um político conhecido por recuar de decisões irrevogáveis, Mercadante desistiu porque deverá assumir um posto central na campanha – e, em caso de vitória, vislumbra ganhar um ministério mais poderoso.

Também na linha de frente estarão nomes com perfil técnico, como o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o geólogo Giles Azevedo, atual chefe de gabinete da presidente, e o economista Bernardo Figueiredo, diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

Fonte: Veja

 

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