Via Magno Martins:

A convenção nacional do PSDB, realizada no último sábado (17), elegeu, com pouco mais de 97% dos votos, o senador e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (MG), o novo presidente dos tucanos. O pernambucano Bruno Araújo foi escolhido para ocupar a vice-presidência da sigla.

Como bom tucano que é, Aécio, em seu discurso já como novo presidente da sigla, saiu em defesa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e se disse favorável às tão criticadas privatizações promovidas ao longo do governo FHC.

Aliás, bastou tocar no assunto para o clima no local esquentar. O governador de Goiás, Marconi Perillo, roubou as atenções ao falar sobre sua atuação durante a gestão do ex-presidente Lula. Em suas palavras, “não foi fácil ser oposição ao maior canalha deste país”.

Em questão de minutos, colunistas e cientistas políticos lançavam seus textos nas redes sociais e os lulistas, revoltados, iniciaram uma série de ataques aos perfis de líderes do PSDB do Facebook e Twitter. A mãe do governador goiano, coitada, só não foi chamada de arroz doce.

Passada a eleição do novo comandante do partido, eis que chega a hora de testar a nova estratégia: se aproximar das classes C, D e E. Em alguns dias, o PSDB irá veicular sua nova campanha publicitária. Se der certo, continua; caso contrário, há um plano reserva.

Há uma novidade, entretanto. Enquanto Dilma e Eduardo se prendem ao “pode-se fazer mais”, Aécio decidiu se desgarrar da briga dos até então aliados e lançar o “pode-se fazer diferente e melhor”.

 

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