Entre gostar, amar e amar existe uma grande diferença. Primeiro, existe aquele amor natural, que é o que sentimos pelos nossos pais, irmãos, parentes e amigos queridos. Isso é amor, sem dúvida. Assim como é amor o que nos liga a Deus, de um amor diferente, especial.

Mas entre gostar de uma pessoa em especial e amar existe uma diferença. Gostamos de muitas coisas: de praia, de sol, de poesia, de sorvete e lua cheia. E gostamos também de certas pessoas sem que isso vá mais além. Quando gostamos, não pensamos o tempo todo naquilo que gostamos. Pensamos quando sentimos saudade, vontade, necessidade.

Mas quando amamos alguém… isso é mais que gostar, é mais que gostar muito, é amar. Pensamos o tempo todo na pessoa, com exceção dos momentos em que estamos muito ocupados com outras coisas, mas enquanto isso o ser amado fica lá, quietinho, esperando e basta um minuto de tranqüilidade e ele reaparece, mais que isso, nos ultrapassa. Gostar não dói. Amar dói quase sempre. Gostamos das coisas que nos proporcionam um bem-estar momentâneo, mas amamos a quem nos dá um sentimento duradouro de felicidade.

Ninguém pode saber se gostamos de algo ou alguém se não manifestarmos isso claramente, com ações ou atitudes. Mas, êta bichinho traiçoeiro que é o amor! Ele se mostra! Sabemos reconhecer alguém que está amando, porque é alguém transformado. É isso, o amor transforma uma pessoa, faz com que mude de semblante, de atitudes. O amor nos molda e os sintomas são característicos para todos os que amam.

Muitas vezes preferimos dizer que gostamos de alguém, mesmo quando o sentimento é muito mais forte, vai muito além disso. Talvez seja pela dificuldade em assumir esse amor. Dizer “eu gosto de você” compromete muito menos que “eu te amo”. Nesse caso o gostar é até amar, mas é necessário que o outro compreenda isso… o que nem sempre acontece.

Gostar de algo ou de alguém é importante e nosso coração pode ser dividido em mil pedaços. Mas amar alguém ocupa todo o nosso espaço. É involuntário. É escolha do nosso coração.E este amor é aquele que dura, a não ser que um dia ele mesmo resolva cair no próprio esquecimento, mas não sem deixar para trás marcas e cicatrizes para que no fundo a gente nunca se esqueça de que um dia esteve presente!...

Por Letícia Thompson

 

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