A ex-senadora Marina Silva passou a viver recentemente um período conturbado. Além de correr contra o tempo para viabilizar a criação da Rede Sustentabilidade, partido pelo qual pretende disputar a Presidência da República, em 2014, tem sido obrigada a expor, de forma efetiva, opiniões sobre temas polêmicos como união homoafetiva, legalização das drogas e descriminalização do aborto. No campo político, é acusada de fazer jogo duplo por questões eleitorais, já que prega postura “progressista” em relação temas espinhosos, mas não abre mão de avaliações pessoais mais “conservadoras” sobre as mesmas questões.
As cobranças de eleitores e políticos tiveram espaço na campanha presidencial de 2010, quando a ex-senadora recebeu quase 20 milhões de votos e terminou o pleito em terceiro lugar, atrás apenas da petista Dilma Rousseff (eleita) e do tucano José Serra. Mas o tema ganhou nova dimensão, neste ano, por causa das polêmicas geradas pelo Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal. O parlamentar recebeu a oposição ferrenha de militantes da causa LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) por causa de posições conservadoras. Em campanha para coletar as 550 mil assinaturas para a criação da Rede Sustentabilidade, não tardou para que as comparações entre Marina e Feliciano começassem. (Informações de Suetoni Souto Maior – Correio Braziliense)
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