Tipo da brincadeira de mau gosto – ou manobra malsucedida – essa história do boato sobre o fim do programa Bolsa Família, que levou à aflição milhares de brasileiros, provocando corre-corre às agências da Caixa Econômica Federal, gritaria e muita confusão na semana passada.

Sabe-se que na guerra e aqui em jogo esteve a batalha pela sobrevivência – a primeira vítima é a verdade. A origem do falatório ainda não está esclarecida, mas a capacidade de uma falsidade repetida tornar-se verdade, se manipuladas as emoções “certas”, é amplamente conhecida embora seja lição ainda não devidamente aprendida por ouvidos sensíveis à armadilha.

A balela correu e por algum tempo convenceu os que se viram no risco do prejuízo. Normalizados os pagamentos que haviam sido adiantados sem maiores explicações pela Caixa, sobram suspeições.

Fala-se de um possível interesse do governo em reafirmar a importância do programa para as famílias que contam com esse dinheiro e da demonstração do potencial de reação à insinuação de que só o PT no poder garantiria a continuidade.

Desconfiança merecedora de pouco crédito, dada sua pouquíssima lógica. Com os instrumentos de propaganda à disposição, o governo teria meios menos traumáticos (e mais seguros) de renovar o “contrato” da identificação do Bolsa Família com Lula e companhia. (Estadão)

 

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