Por Wagner Pires

Se o PIB for a 2,9% será uma vantagem. Por enquanto, a tendência fica nos 2,4%, com o dólar recuando automaticamente por conta da retirada do IOF sobre o dólar na posição vendida. Melhor para as reservas cambiais.

Estamos aguardando uma boa, geral e irrestrita reforma tributária, mas, o governo não move uma palha nesta direção. Enquanto isso o “sonegômetro” indica um volume de recursos espantoso, inerte nos bancos, R$ 415 bilhões! Recursos suficientes para alavancar qualquer projeto sério em infraestrutura que o Brasil tanto necessita, além de cobrir o déficit nominal (excesso de despesas sobre as receitas, incluindo os juros da dívida). Quer dizer: não faltam recursos, o governo é que tem de ir atrás deles.

Em relação à busca ao déficit nominal zero, a presidente Dilma Rousseff sinalizou para um superávit primário (economia orçamentária) da ordem de 2,3% do PIB, algo em torno de R$ 110,0 bilhões, utilizando-se, para isso, das receitas que virão com o programa de concessões.

Dona Dilma levou a sério as recomendações do Delfim Neto – seu conselheiro – e os sinais de preocupação do mercado. Busca, assim, as rédeas da austeridade fiscal e transmitir a imagem de seriedade de seu governo aos credores e ao mercado. Em 2014 a meta volta a ser 3,1% do PIB, marcando o retorno do tripé de estabilização econômica: câmbio flutuante, superávit fiscal e controle inflacionário.

 

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