José Agripino Maia: “Você já não sabe se Robinson e Wilma serão adversários ou aliados”

Na entrevista que concedeu a Tribuna do Norte, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, na experiência de ex-governador e senador por vários mandatos, deu uma apimentada na oposição. Veja trechos das declarações:

O vice-governador Robinson Faria se coloca como candidato a governador, a deputada federal Fátima Bezerra postula, publicamente, o Senado, a vice-prefeita Vilma de Faria sinaliza com uma candidatura na chapa majoritária. Falta os governistas colocarem o bloco na rua?

Não. Eles estão sofregos. Eu não quero agir com demérito a ninguém. Mas eu não vejo tanta robustez eleitoral nesse grupo ao qual você se referiu. Como eles não têm a preocupação de exercer governo, eles ficam no lançamento de expectativas pessoais. Nós temos, sem nenhuma presunção, o perfeito entendimento de que juntos somos uma força político-eleitoral capaz de construir vitórias, com respeito as demandas da sociedade que precisam ser atendidas. Se eles estão esboçando  chapas que muitas vezes são conflituosas, veja que Robinson quer ser candidato a governador e Wilma  não diz a que é candidata,a mas não descarta a possibilidade de ser candidata a governadora.

Há, então, um potencial conflito insuperável na oposição?

Você tem  em um agrupamento menor conflitos na base da pirâmide, no ponto mais importante da disputa. Você já não sabe se Robinson e Vilma serão adversários ou aliados. Segundo ponto a ser considerado é a disputa presidencial. Se o PSB tiver candidato a presidente e o PSD apoiar candidato a presidente que  não o candidato do PSB, como fica essa aliança? São dificuldades que eles vão enfrentar daqui para frente e pode destruir qualquer perspectiva de aliança neste momento. Não passa de intenção [as alianças na oposição] e na hora que a intenção é posta já na largada mostra divergência, porque os ícones tanto do PSB quanto do PSD não escondem que podem pretender disputar a mesma posição ou o mesmo posto de governador. Mas não nos preocupa isso. Temos tempo para fazer nossas avaliações e confiamos que, se nós formos capazes de nos entender em torno de um projeto bom para o Rio Grande do Norte, temos a expressão partidária forte capaz de levar mensagem política com chance de ganhar eleição.

 

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