Enquanto Lula nega candidatura e Aécio critica o PT, Joaquim Barbosa sobe nas pesquisas
Por Carlos Newton
Esquenta a campanha para a sucessão presidencial, embora ainda falte um ano e três meses para a eleição. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, deu entrevista ironizando o PT, dizendo que o partido criou um clima em torno de eventual candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto, no ano que vem, Lula diz que não disputará a eleição e Joaquim Barbosa sobe nas pequisas.
Aécio Neves quer enfrentar a presidente Dilma Rousseff e diz que essa possibilidade de Lula ser candidato significa a derrocada do atual governo da presidente Dilma Rousseff.
“O PT está vivendo isso (o volta Lula). O instituto da reeleição obriga à reeleição, é quase compulsória. A não candidatura de alguém que está no cargo é, no mínimo, a falência daquele governo. Vem com um atestado de incapacidade de enfrentar o problema”, disse Aécio ao repórter Gustavo Uribe, de O Globo.
LULA NEGA, MAS…
Enquanto cresce no PT o apoio à possibilidade da candidatura de Lula, em função da recente pesquisa DataFolha indicando que ele ganharia no primeiro turno, o ex-presidente agora passou a negar que pretenda ser candidato novamente à Presidência da República, em 2014. Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, publicada segunda-feira, Lula foi questionado sobre sua volta ao cargo e respondeu secamente.
“Não…”, limitou-se a responder o ex-presidente, que em entrevistas anteriores admitira a hipótese de sair candidato, “caso haja necessidade”.
BARBOSA “LISONJEADO”
No meio da confusão pré-eleitoral, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, continua crescendo nas pesquisas. Depois de ser considerado favorito pelos manifestantes que saem às ruas, Barbosa recebeu com satisfação a mais recente pesquisa DataFolha, divulgada no domingo.
Os resultados indicam que o presidente do Supremo tem 13% das intenções de voto, caso enfrente Lula na eleição, e passa para 15% se a candidata do PT for Dilma Rousseff. E na pesquisa feita no início de junho, ele tinha apenas 8% nos dois cenários.
“Estou lisonjeado”, disse Joaquim Barbosa, que é uma das maiores incógnitas do momento político. Se realmente quiser ser candidato, o ministro do Supremo terá de se filiar a um partido até o início de outubro, um ano antes da eleição. E só estão faltando três meses…
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