O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta quarta-feira (3) que errou ao permitir que sete parentes pegassem carona em um avião da Força Aérea Brasileira para assistir ao jogo da seleção brasileira no Maracanã, no último fim de semana. O peemedebista disse que determinou que sua assessoria avalie o mais rápido possível o valor das passagens do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro para reembolsar à União.
“Meu erro, e aqui eu reconheço, foi ter permitido que pessoas me acompanhassem pegando carona nesse voo para o Rio de Janeiro. Por esse erro, estou aqui reconhecendo e já mandei ressarcir o valor de cada passagem correspondente”, disse ao chegar no Congresso Nacional.
Alves negou que estivesse em uma agenda de turismo no Rio de Janeiro. Segundo o deputado, ele foi recebido pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), em sua residência oficial, para discutir o cenário político do país. A reunião, no entanto, não foi divulgada na agenda oficial dos dois políticos.
De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, um jato C-99 da FAB foi buscar a turma em Natal, terra do deputado. Decolou às 19h30 de sexta-feira rumo ao Rio de Janeiro e retornou no domingo, às 23h, após o jogo.
O decreto 4244/2002, que disciplina o uso de aviões da FAB por autoridades, diz que os jatos podem ser requisitados quando houver “motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente”. O decreto não diz quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades.
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