Especialistas avaliam que a onda de protestos que abalou o País no último mês beneficiem as candidaturas de nomes que se apresentem como ‘terceiras vias’ nas eleições de 2014. Eles esboçam suas projeções com base na última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, que registrou a queda de 21 pontos porcentuais nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff e um crescimento da ex-senadora Marina Silva de 16% para 23%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), oscilou na margem de erro, de 6% para 7%.

A avaliação é que os nomes que podem se beneficiar mais do descontentamento com classe política – demonstrado nas ruas pelas manifestações -, devem ser mesmo Marina e Eduardo Campos. Isso porque os protestos desgastaram mais os partidos que protagonizam a principal polarização no cenário político atual: o PT e o PSDB. Segundo especialistas ouvidos pelo Estado, há mais espaço para que surjam novas forças políticas.

ALTERNATIVA EDUARDO

”Os protestos apontam para uma necessidade de novas lideranças que despolarizem a política brasileira. Há espaço para isso”, afirmou o professor de Ciências Políticas da Unesp Milton Lahuerta. ‘Marina já está se beneficiando com isso (protestos). Ela não faz parte dos partidos tradicionais e tem posições que coincidem com as demandas apresentadas pelos manifestantes’, disse o cientista político da UNB David Fleischer. Especialistas, no entanto, avaliam que há risco de a ex-senadora perder a preferência do eleitorado por ser evangélica.

Eduardo Campos também tem o mesmo espaço que Marina para calibrar o discurso e construir sua imagem para as eleições. O governador de Pernambuco, porém, ainda não se apresentou ao eleitorado, na análise do professor João Roberto Martins, da UFSCar. Justamente por isso, a intenção de voto em Campos avançou pouco depois dos protestos. ‘Eduardo Campos ainda não se manifestou. Mas é possível que ele seja a alternativa’, pontuou Martins. (Informações de O Estado de S.Paulo)

 

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