A chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira que “o governo não desistiu”, mas apenas adiou para 2014 a licitação do trem-bala, atendendo a pedido de empresas interessadas na execução do projeto. “Alguns interessados queriam mais tempo e, se fizéssemos (o leilão) agora, poderíamos ter apenas um concorrente, o que seria ruim para o processo licitatório”, declarou, em entrevista à rádio CBN.

De acordo com Gleisi, o Trem de Alta Velocidade (TAV) está previsto para começar a operar em 2020 e a licitação será realizada em 2014. “O que foi adiado foi a licitação para operação e transferência de tecnologia”, afirmou, justificando que o adiamento “não vai comprometer a implantação do TAV”. Lembrada que este era o quarto adiamento e perguntada se isso poderia ameaçar a credibilidade do projeto, ela afirmou que “essa é uma obra complexa não só no Brasil ou em qualquer outro país que implementou um trem de alta velocidade e os empresários sabem disso e sabem também que precisa ter tecnologia estrangeira, que não existe no Brasil”.

Segundo Gleisi, o fato de o País ter atrasado a execução “faz parte de um processo de aprendizado nosso e também dos investidores brasileiros”. Em relação ao fato de o preço do TAV ter começado em R$ 35 bilhões e as estimativas hoje passarem dos R$ 50 bilhões, a chefe da Casa Civil observou que os projetos precisam ser adequados às questões e situações que surgem. (Agências)

 

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