O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, defendeu que o governo do estado busque a iniciativa privada para preparar e garantir recursos para projetos que tenham razoabilidade, sustentabilidade e planejamento estratégico. “Estamos cansados de ouvir que o estado tem muito potencial. Está na hora de partir para os projetos.”

Henrique também defendeu mais diálogo entre o empresariado e os órgãos ambientais com vista à superação dos gargalos que atravancam os investimentos. Segundo dados do Idema, há pelo menos 6 mil projetos aguardando licença ambiental no estado.
“Não é no mérito que nos desencontramos, mas na forma como dialogamos”, analisou. O estado, acrescentou, viveu o estresse da questão ambiental, que quase inviabilizou a atração de investimentos. “O Rio Grande do Norte não pode perder oportunidades por interpretações intransigentes.”  O presidente da Câmara disse que, de todas as edições do seminário, esta é a mais importante. “Questões ambientais precisam ser vistas com cuidado pois são os principais gargalos do nosso desenvolvimento”.
Ainda segundo Henrique, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, deve ficar atenta às reivindicações do Rio Grande do Norte, já que o estado está recebendo investimentos em diversas áreas econômicas, no setor público e no privado. “Todos os grandes investimentos passam pela questão ambiental: a Reta Tabajara, a barragem de Oiticica, a duplicação da BR-304 e o novo porto de Natal”, destacou.
A governadora Rosalba Ciarlini, esteve presente na abertura do evento. Ela atribuiu a conquista de investimentos à atual união do Rio Grande do Norte com a bancada federal. “Somente unindo forças, o RN pode mostrar todo seu potencial.” A governadora anunciou que ainda nesta semana vai enviar à Assembleia Legislativa um projeto de lei que visa acelerar e melhorar a liberação das licenças.
A 18ª edição do seminário trouxe como tema “A indústria e as ideias sustentáveis”, com a participação de empresários e palestrantes de renome nacional, incluindo a presidente da Petrobras, Graça Foster, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Graça Foster mostrou o resultado da estatal na produção de petróleo e gás nas diversas plataformas e ratificou os esforços para a retomada da produção no Estado. Já Izabella Teixeira destacou o processo de  desertificação que atinge o Sertão e Seridó. Ela disse, ainda, que o Rio Grande do Norte só poderá pensar em desenvolvimento sustentável quando esgotar todas as possibilidades de discussão em torno do uso racional de água. A falta de água é um problema crônico no estado potiguar, que piora a cada período seco.
Aos empresários, a ministra chamou atenção para a necessidade de pensar em empreendimentos com a preservação dos mananciais e montagem de estoque de água reutilizável. Segundo a ministra as empresas estão mudando o perfil e assumindo a defesa da natureza para não perder clientes. Ela defendeu que é preciso ampliar o diálogo em torno da celeridade da emissão de licenças ambientais junto aos órgãos estaduais e federais de defesa do meio ambiente.
Fonte: Assessoria
 

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