Por Carlos Chagas

Define-se a sorte dos 25 condenados no processo do mensalão: só por milagre terão suas penas reduzidas. Assim, os condenados à prisão fechada ficarão atrás das grades, outros precisarão dormir na cadeia, uns mais felizes cumprirão prisão domiciliar. O Supremo Tribunal Federal terá cumprido suas obrigações, numa demonstração de que suas sentenças acoplam-se à voz rouca das ruas. Imaginar-se um ente à margem da opinião pública costuma não dar certo.

Apesar da presunção de alguns ministros em proclamar-se completamente independentes, na realidade todos devem respeito a Sua Excelência o Cidadão Comum.

Encerrado o julgamento dos embargos declaratórios, é possível que nem venham a ser apreciados os embargos infringentes, mas, se vierem, não haverá Ricardo Lewandowski capaz de protelar o encerramento do processo. Nem parece viável a redução das penas por decisão da maioria dos ministros da mais alta corte nacional de justiça.

Afinal, para que serviram meses e meses de exaustivas análises, debates e votações? Como disse o mais novo ministro, Luis Roberto Barroso, não seria correto mudar os resultados, tornando-se necessário acabar com os recursos usados apenas para protelar julgamentos.

 

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