Por Ciro Marques

 

Líder do PMDB no Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, poderá provocar uma reação em cadeia ao anunciar que está deixando a base aliada do Governo Rosalba Ciarlini. O Partido da República (PR), presidido no Estado pelo deputado federal João Maia, é outro que pode partir caso os peemedebistas confirmem o fim da aliança.

“Nós entramos no Governo junto com Henrique, então, o que nos temos de combinado é que não toramos nenhuma decisão sem que a gente converse antes”, afirmou o deputado federal João Maia, perguntado pelo portalnoar.com se, diante do anúncio de Henrique Alves, de que o partido deve estar deixando o governo, o PR pode romper também.

As especulações que tratam da saída do PR da base aliada do Governo do Estado não são recentes. Na verdade, a relação é difícil desde que o partido aderiu a gestão do DEM, ainda no início de 2012. O presidente municipal do PR, Fábio Hollanda, foi escolhido para ocupar a pasta de Justiça e Cidadania, como forma de “confirmar a aliança” partidária. Saiu pouco mais de um mês depois, alegando falta de espaço e autonomia para tomar decisões administrativas.

A situação se amenizou pouco depois, mas não ficou totalmente tranquila. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, Rosalba Ciarlini não ficou livre de críticas administrativas provocadas pelos deputados estaduais do PR, como George Soares e Kelps Lima, que hoje está sem partido.

Marcelo Rosado também quer rompimento:

“O PR tem projeto para governador o Rio Grande do Norte e já o apresentou internamente, agora precisa apresentar ao povo”. A afirmação é do presidente da Fecomércio, empresário Marcelo Rosado, que também é presidente do diretório do PR, em Mossoró. Ele defende que o PR vá para a oposição ao Governo Rosalba Ciarlini para poder apresentar suas propostas. Definindo como precária a situação administrativa do Governo Rosalba, Marcelo cita como exemplo o corte que impediu a promoção de feiras do setor do qual é um dos líderes. Até para a Convenção Lojista ele diz que houve um corte “por três em relação ao patrocínios dos anos anteriores o que prejudicou o evento”. Em Mossoró mesmo, Marcelo Rosado lista a ameaça de que a CDL venha a quebrar, caso o Governo Rosalba não pague os patrocínios da Líquida Mossoró de 2010 e 2011.

 

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