Lauro Jardim – VEJA

 

O jantar que reuniu no Recife os presidenciáveis Eduardo Campos, o anfitrião, e Aécio Neves terminou ao som de Chitãozinho e Chororó. Depois da sobremesa, Campos botou para tocar Evidências, composta pela dupla. A letra, cantada por Aécio e Campos, lá pelas tantas diz o seguinte:

– Eu estou em tuas mãos/Mas não posso imaginar/O que vai ser de mim/Se eu te perder um dia/A verdade é que sou/Louco por você/E tenho medo de pensar/Em te perder/Eu preciso aceitar que não dá mais pra separar as nossas vidas.

Como testemunhas da cantoria, Cassio Cunha Lima e Sérgio Guerra, além de Renata, mulher de Campos, que participou de alguns momentos da noite.

Como ninguém estava ali só para cantar, falaram de política – o prato principal da noite, ao lado do camarão (para os convidados, pois Campos não suporta nem o cheiro), costeletas de cordeiro e purê de abóbora.

Os quatro políticos discutiram a união de forças em palanques estaduais para 2014. Mas falaram também de economia: acertaram um pacto para que PSB e PSDB não sejam omissos ou coniventes com qualquer tentativa de desequilíbrio fiscal por parte do governo Dilma.

E, finalmente, decidiram tentar barrar o que chamaram de “golpe eleitoral” tramado por Romero Jucá e Valdir Raupp – a mudança na legislação eleitoral, que deve ser votada na quarta-feira que vem.

Em resumo, a alteração encurtaria o tempo de campanha na TV e criaria dificuldades para a campanha de rua. Para os tucanos e para Campos, o objetivo da nova lei é um só: diminuir as chances daqueles candidatos que são menos conhecidos pela população – ou seja, Aécio e Campos.

 

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