Os empreendedores do Agreste Potiguar estão dispostos a investir na montagem de facções de costura e na expansão das unidades já instaladas. Pelo menos, é o que foi demonstrado no primeiro Encontro Técnico do Projeto Pró-Sertão, realizado na quinta-feira (12), em Santa Cruz, um dos municípios polos da região. Foram convidados 60 empresários de municípios da região, mas o evento atraiu cerca de 200 pessoas. A proposta do encontro foi repassar os detalhes e as vantagens do programa, além de explicitar as principais exigências das grandes indústrias do setor têxtil, como Grupo Guararapes, Hering e RM Nor, para terceirizar a produção de peças.

O Pró-Sertão visa estimular e apoiar a implantação das unidades e dar suporte ao desenvolvimento das que já estão em funcionamento para que passem a integrar a cadeia de suprimentos das grandes indústrias têxteis. A meta é até 2018 instalar mais de 300 facções de costura e atingir um pico de produção da ordem de 126 mil peças por dia, consolidando assim o processo de industrialização do interior do estado. No estado, existem cerca de 100 facções, 60 delas estão concentradas na região do Seridó.

A reunião promovida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, Sistema Fiern/Senai e Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Durante o evento, o diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, defendeu que o Pró-Sertão dá oportunidade a quem deseja empreender nesse segmento. “Pela importância do programa, é nossa obrigação oferecer suporte dentro desse projeto, que deve dar uma nova dinâmica à economia do Rio Grande do Norte”, afirmou, referindo-se às capacitações na área de gestão empresarial e às orientações para abertura e formalização de negócios.

Uma das partes mais importantes da programação foi o plantão, em que os empresários puderam obter informações detalhadas sobre todos as etapas do projeto e também tirar dúvidas. Cada reunião durou cerca de 20 minutos. E uma das principais demandas foi para o grupo Guararapes. O diretor de Suprimentos do Grupo Guararapes, Eugênio Dias, elencou as exigências da empresa para terceirizar a produção a uma facção e o fluxo de produção da empresa. “Os faccionistas não vão se preocupar com estoque. Eles recebem as peças cortadas, uma ficha técnica e um protótipo. O trabalho é apenas montar”, garante.

Fonte: Assessoria

 

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