Com a qualidade já reconhecida internacionalmente, o melão amarelo produzido na região de Mossoró conta com mais uma conquista que representa um diferencial para expandir a comercialização no mercado mundial. O produto acaba de receber o selo de Indicação Geográfica de Procedência, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
A conclusão do processo de IG ocorre quatro anos após o início das pesquisas e estudos, realizados pelo Sebrae no Rio Grande do Norte junto com o Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX). O selo garante identidade e exclusividade à fruta potiguar, que contará com elevado valor agregado.
A Indicação Geográfica é um certificado que atesta a procedência regional e a qualidade de um produto, garantindo proteção e diferenciação no mercado. O certificado garante maior credibilidade do produto junto ao mercado e, ao mesmo tempo, potencializa o seu valor comercial. Isso porque, ao delimitar a área de produção e restringir o uso do produto aos produtores da região (normalmente reunidos em entidades representativas), a IG ajuda a manter os padrões de qualidade do produto e impede que outras pessoas utilizem o nome da região em produtos ou serviços indevidamente.
O melão de Mossoró foi contemplado com o registro de Indicação de Procedência, que é um tipo de IG que se refere ao nome do local que se tornou conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço.
“Essa é uma notícia muito importante para a fruticultura potiguar, pois o selo de Indicação Geográfica funciona como ferramenta de desenvolvimento territorial. Com o selo, o melão da região de Mossoró divulgará a região e as características locais. Isso é muito positivo para a economia local”, destaca a gerente da Unidade de Desenvolvimento da Indústria, Lorena Roosevelt. A Indicação Geográfica representa um avanço para o melão produzido na região de Mossoró. Além de agregar valor ao produto, o selo atuará também como barreira protetora para a economia regional.
Na prática, Significa que produtos semelhantes, mas sem os mesmos padrões do produto potiguar, deixarão de ser comercializados como se fossem produzidos na região de Mossoró. O selo poderá ser utilizado por produtores associados ao Coex que cumprem com o regulamento da Indicação Geográfica instalados nos municípios de Baraúna, Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca e Serra do Mel. Além de Assú, Ipanguaçu, Upanema, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Carnaubais e Porto do Mangue. No Brasil, são 14 os produtos com Indicação Geográfica. Entre eles estão os doces de Pelotas, os vinhos do Vale do Vinhedo, a carne do Pampa Gaúcho e o café do Cerrado.
Fonte: Assessoria Sebrae
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