O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, com o apoio dos demais integrantes da bancada federal do Rio Grande do Norte e do ministro da Previdência, Garibaldi Filho, conseguiu do governo a garantia de que a área destinada ao estoque do sal potiguar no porto de Santos, em são Paulo, será mantida. Com o processo de licitação em andamento para a escolha da nova empresa que vai administrar o setor graneleiro, conhecido como STS-20, havia uma preocupação dos empresários de perderem espaço para o sal importado do Chile.  A licitação deverá ser concluída ate o final de novembro.

“O processo de licitação está na fase de adaptações e ajustes após a consulta popular e audiências públicas”, explicou o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito. Foram enviadas 3.104 sugestões de mudanças para a futura gestão do terminal. Brito trabalhou na expansão do terminal salineiro de Areia Branca, onde foram investidos R$ 200 milhões, e reconheceu a importância do sal para a economia do Rio Grande do Norte, pecuária e indústria química e alimentícia brasileira. A preocupação dos empresários da indústria salineira, com 30 mil empregos diretos, também foi externada pelos parlamentares ao representante da Casa Civil, Guilherme Penin e Rogério Menescal da Secretaria Nacional de Portos.

Os deputados João Maia, Sandra Rosado, Paulo Wagner e o senador José Agripino, reforçaram o pleito do presidente da Câmara para que a licitação mantenha o atual espaço que é destinado ao sal potiguar no porto de Santos. Segundo os parlamentares o sal potiguar enfrenta a concorrência do sal chileno e poderia perder mercado se a nova licitação não assegurar o espaço de armazenagem já existente no porto. A indústria salineira potiguar é a principal atividade econômica do Rio Grande do Norte, responsável por 97% da produção nacional e o controle do bócio endêmico com a adição de iodo no sal comercializado para todo o Brasil.

 

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