A saída do PSB do governo Dilma Rousseff acentuou a tendência de aproximação do partido de Eduardo Campos com a oposição, notadamente com o PSDB, e seu afastamento do PT nos Estados.
A sigla do governador de Pernambuco começa a abandonar alianças históricas com os petistas e agora busca opções para seu projeto nacional. O PSB projeta que pode estar ao lado do PT em apenas três Estados, e já articula coligações rivais em 20.
Embora os petistas mantenham aberta a possibilidade de reaproximação com Campos, a estratégia mudará caso sua candidatura presidencial se torne irreversível.
Dirigentes do PT disseram à Folha, em caráter reservado, que a orientação aos diretórios estaduais será descartar alianças com o PSB.
Na prática, os petistas querem evitar que o partido apoie aliados de Campos nos Estados para reduzir a dimensão dos palanques regionais montados para o presidenciável do PSB. Com essa estratégia, o PT tentará isolar o governador pernambucano.
O partido está próximo do PSDB em Estados de grande eleitorado, como São Paulo e Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, praça também estratégica, rompeu com o governo do petista Tarso Genro e pode trocar a aliança histórica com o PT pelo apoio à senadora Ana Amélia, do PP.
O realinhamento dos pessebistas nos Estados inclui até mesmo ícones da oposição ao PT, como a família Bornhausen. No auge do escândalo do mensalão, o então senador Jorge Bornhausen previu que o caso serviria para banir a “raça petista” da política.
Poste seu comentário