Em sessão realizada na noite desta quinta-feira, 3, o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou o pedido de registro da Rede Sustentabilidade, partido liderado pela ex-senadora Marina Silva. De acordo com a relatora, ministra Laurita Vaz, a Rede cumpriu todos os requisitos para o registro de partido, exceto a entrega do número mínimo de apoios validados pelos cartórios. O voto dela foi seguido pela maioria dos ministros.

Para o TSE, a Rede comprovou ter o apoio de cerca de 442.524 – cerca de 50 mil apoiamentos a menos do que o exigido. O advogado da Rede, Torquato Jardim, defendeu em sua sustentação que outras 95 mil assinaturas fossem consideradas, pois foram rejeitadas sem justificativa pelos cartórios eleitorais.

Para o PT, esse cenário pode ajudar numa definição da sucessão presidencial ainda no primeiro turno. Mas apesar da avaliação petista, integrantes do PSB que apoiaram a criação frustrada do partido de Marina Silva querem ser os herdeiros deste eleitorado, caso a ex-senadora decida que não vai concorrer por outra legenda. A estratégia é que o governador Eduardo Campos (PSB-PE) consiga atrair parte dos eleitores jovens e de esquerda que estavam no projeto de Marina. O tucano Aécio Neves também tentará fazer o mesmo. O que pode complicar os planos do PT num cenário eleitoral sem Marina. (G1/Blog do Camarotti)

Reunida por mais de seis horas com integrantes da Rede e familiares, Marina disse que sua vida política segue sempre uma mesma lógica. “O que mais você me houve falar é [coerência]. É quase um mantra. Vocês acham que eu ia ter uma crise de incoerência depois [do julagmento]?”, questionou.No encontro, que teve até bate-boca, o grupo político de Marina discutiu como alternativa ao veto à Rede se filiar a três partidos (PPS, PEM e PHS) para poder viabilizar a candidatura dela ao Palácio do Planalto em 2014.

 

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