Por Carlos Chagas
A presidente Dilma decidiu encarar o PMDB, rejeitando a imediata nomeação do senador Vital do Rego para o lugar de Fernando Bezerra, que renunciou ao ministério da Integração Nacional depois de o PSB haver desembarcado do governo. A decisão foi comunicada ao vice-presidente Michel Temer, que não abandonou a pretensão e alertou as bancadas do partido para conterem qualquer reação.
A designação do secretário-geral do ministério, um técnico mas também filiado ao PSB , irritou deputados e senadores do maior partido nacional, que contavam ocupar esse novo espaço na administração federal.
O movimento feito pela presidente no tabuleiro da Esplanada dos Ministérios pode constituir o prenúncio de polêmicas mudanças. No final do ano ou no máximo em janeiro, deverão ser demitidos entre 12 e 16 ministros, candidatos às eleições de outubro.
Que critérios serão adotados para a escolha de seus substitutos? Dilma continuará privilegiando os partidos de sua base parlamentar? Ou promoverá os secretários-gerais? Aproveitará para compor o ministério de seus sonhos, sem políticos, indicando os técnicos mais habilitados? Mas sendo candidata à reeleição, arriscar-se-á a perder apoio partidário?
Muitas variáveis pairam sobre o palácio do Planalto, mas um fator prevalece agora: o PMDB não manda e nem pode tanto no governo quanto seus dirigentes imaginavam. Levou um freio de arrumação.
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