A presidente Dilma Rousseff mostrou preocupação com a decisão de Marina Silva de se unir a Eduardo Campos durante reuniões com líderes da base aliada do Congresso realizada ontem no Palácio do Planalto. “Marina não é qualquer pessoa”, disse nos encontros com deputados e senadores.

De acordo com relato de dois deputados presentes na primeira reunião, após ouvir a avaliação da maioria dos líderes de que a ida de Marina para o PSB enfraqueceria o peso eleitoral da ex-ministra em relação aos 20 milhões de votos obtidos na eleição passada, Dilma fez questão de ressalvar que “não se pode desconsiderar a importância de Marina”, para emendar: “Marina não é qualquer pessoa”.

O discurso dos aliados, porém, está afinado nas críticas à situação dos tucanos e de seu candidato à Presidência, senador Aécio Neves, que segundo eles foram os que mais perderam com a parceria entre Marina e Campos. Na avaliação do líder do PT na Câmara, José Guimarães, por exemplo, quanto menos candidaturas houver no ano que vem, maiores as chances de a presidente faturar a eleição.

“Havia uma discussão de José Serra, Marina, Eduardo, Aécio, todo mundo candidato, quanto menos candidaturas, as chances da presidenta se ampliam. Ela não falou, mas muitos de nós falamos no bate-papo preliminar, antes da presidenta chegar ao local da reunião”, disse Guimarães. O líder petista observou ainda que não é o momento de “bater boca” com o governador de Pernambuco, porque “houve esta separação e serei o primeiro a defender, em 2014, que o Eduardo volte para o palanque da Dilma”. (Agências)

 

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