O candidato é Eduardo, diz Marina
Na entrevista ao programa Roda Vida, anteontem, da TV-Cultura, a ex-senadora Marina Silva deixou muito claro que o candidato a presidente será o governador Eduardo Campos.
“No instante em que a Rede foi excluída e não reconhecida como legenda pelo TSE ficou mais do que evidente que a nossa candidatura também está descartada”, disse.
Precisa Marina falar um português mais claro? Não, mas a mídia nacional vai ficar batendo nessa tecla até meados de abril ou, quem sabe, até as convenções, em junho do ano que vem, por vários motivos.
O primeiro é que o eixo Sul e Sudeste não assimilou ainda a inversão da chapa, ou seja, Eduardo na cabeça e a ambientalista na vice. O argumento é sustentado em cima dos números das pesquisas eleitorais. Mas não é de agora que Marina se apresenta robusta nas sondagens eleitorais.
Desde que teve cerca de 20 milhões de votos na eleição presidencial de 2010, Marina acumula um capital político invejável e por isso mesmo vai continuar despontando como a mais competitiva no campo da oposição.
Ao se deparar com um novo quadro – a falta de uma legenda – Marina, entretanto, perdeu musculatura. Assinou a ficha do PSB por um simbolismo, conforme ela própria destacou. Tanto que, tão logo a sua Rede venha a ser oficializada, cuidará de consolidá-la em todo o País.
Como o TSE terá legalizado a legenda após 5 de outubro, o novo partido de Marina só será reconhecido, legalmente, para quem nele se filiar e tentar disputar um mandato eletivo, a partir das eleições de 2016.
Mesmo assim, tem muita gente interessada em fomentar intrigas entre Eduardo e Marina, com a única intenção de fragilizar uma aliança explosiva, que já nasceu forte e duradoura, dando ao candidato do PSB envergadura de fato para entrar na disputa presidencial. (Magno Martins)
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