A prisão dos mensaleiros teve repercussão na imprensa internacional deste sábado. Seguido de perto pela mídia estrangeira, o julgamento no Supremo Tribunal Federal está sendo noticiado nessa sua fase final em órgãos de comunicação do mundo inteiro:
The New York Times
O jornal norte-americano The New York Times relatou o fato de políticos corruptos no Brasil serem historicamente protegidos de qualquer punição e as prisões decretadas serem um movimento surpresa para os condenados. A publicação também apontou que, no Brasil, é mais comum a prisão de pobres, geralmente por crimes como porte de pequena quantidade de drogas. O periódico finaliza com aspas do ministro do STF Luís Roberto Barroso, em que ele diz que, para ser preso no Brasil, você tem que ser “muito pobre”.
The Guardian
A publicação inglesa destacou que os condenados serão presos um ano depois da condenação. Segundo o jornal, José Dirceu e os outros réus conseguiram adiar o encarceramento com complexas manobras judiciais e, agora, foram presos enquanto alguns dos recursos continuam sendo analisados pela Justiça brasileira. Segundo o site do Guardian, os brasileiros estavam otimistas com a possibilidade de que não haja impunidade diante de tantos recursos e adiamentos.
El País
O espanhol El País destacou o fato de parte dos 25 condenados seria encarcerada e, entre eles, os líderes históricos do PT José Dirceu e José Genoino. O jornal destacou que ainda existem recursos que serão analisados apenas em 2014 e destacou a atuação do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que defendeu a prisão imediata dos condenados. A publicação também ressaltou a defesa de condenados como José Genoino, que ontem disse se tratar de “uma prisão política”.
The Wall Street Journal
O site do jornal norte-americano ressaltou que a ordem de prisão dos condenados é marcante, pois consiste em “um evento não usual no Brasil, país conhecido por não ir adiante na punição de políticos corruptos”. A publicação também destacou a participação de José Dirceu no episódio do mensalão, e o denominou de “mentor do esquema”. O The Wall Street Journal informou ainda que alguns recursos serão analisados somente em 2014, ano da próxima eleição presidencial.
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