Mensalão: processo ainda longe do fim

 

A prisão de 11 dos 25 condenados está longe de significar o encerramento do processo do mensalão. O relator da Ação Penal 470 e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ainda vai tomar providências em relação a mais 13 réus, que continuam livres do cumprimento das penas. O 12º sentenciado que deveria estar cumprindo sentença em Brasília — o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato — fugiu para a Itália.

A expectativa é que, nos próximos dias, novos mandados de prisão sejam expedidos por Joaquim Barbosa em relação aos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), e aos ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-PE), entre outros. Paralelamente às novas prisões, o Supremo dará continuidade ao processo em relação a, pelo menos, 11 réus, dos quais oito já estão detidos. Condenados como os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares estão no rol daqueles que vão ser novamente julgados por terem direito aos embargos infringentes — no caso dos três, pelo crime de formação de quadrilha. (Do Correio Braziliense)

Déficit: Sistema saturado espera condenados

A saturação do sistema penitenciário brasileiro passará a ser uma realidade diária para os condenados no processo do mensalão a partir da próxima semana. Eles passarão a engrossar uma estatística do Ministério da Justiça que aponta déficit de 200 mil vagas.

Nos bastidores, administradores estaduais estudam alternativas para minorar os problemas para os detentos ilustres. As principais figuras poderão ser isoladas para evitar que tenham sua integridade colocada em risco, mas mesmo essas acomodações estão longe de oferecer conforto.

Entre os condenados que devem começar suas penas em Brasília estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT e o deputado licenciado José Genoino. Caberá a seus advogados pedir a transferência para presídios em outros Estados nos quais têm domicílio.No Distrito Federal, há dois locais para abrigar os presos em regime semiaberto, caso da maioria dos condenados, como Dirceu, Genoino e Delúbio. Ambos operam acima de sua capacidade. Fontes: Correio Braziliense/ O Estado de S. Paulo

 

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