O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves,  fez hoje uma homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) durante a sessão do Plenário. Participaram da homenagem  representantes dos governos de Angola, Guiné Bissau, Costa do Marfim, Burkina Faso, Burundi e Malawi. O presidente afirmou que a iniciativa se soma ao esforço permanente da Casa de refletir sobre as perspectivas da população afro-brasileira e discutir políticas de integração e acesso a direitos assegurados pela Constituição.

 

“Nunca será demais repisar a enormidade da dívida social que o País mantém com esses cidadãos”, afirmou o presidente da Câmara, lembrando a história da escravidão no Brasil e as dificuldades e barreiras enfrentadas por afro-brasileiros até hoje. “A flagrante e inaceitável desigualdade social, que mantém um verdadeiro abismo entre indivíduos pretensamente iguais perante a lei, em pleno século XXI, é sem dúvida a herança funesta da abominável tradição escravocrata que perdurou por mais de três séculos em nosso País”.

Entre os efeitos da desigualdade entre negros e brancos no Brasil citados por Alves está a exclusão dos afro-brasileiros da historiografia oficial. “De fato, e até recentemente, pouco ou quase nada sabíamos sobre a saga heroica de escravos em prol da liberdade, a começar pela figura incomparável de Zumbi dos Palmares. Além desse, muitos outros líderes lutaram até à morte contra a opressão, consubstanciando nos quilombos uma tradição de luta e consciência política de valor inquestionável para o País”.

 

Ele lembrou que a luta de movimentos negros acabou obrigando autoridades e a sociedade a adotarem uma postura revisionista da história para incluir a participação e a contribuição dos afro-brasileiros. Este movimento, segundo ele, fez surgirem iniciativas em outras áreas como a demarcação das terras quilombolas e a destinação de cotas para negros nas universidades públicas.

Fonte : Assessoria

 

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