Eduardo e Aécio voltam a discutir alianças regionais

 

Prováveis rivais em 2014 no campo da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE) se encontrarão reservadamente pela primeira vez desde a aliança do pernambucano com Marina Silva. O propósito é combinar o jogo pré-eleitoral.

O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e o governador Eduardo Campos (PSB), prováveis rivais na eleição presidencial do ano que vem, se encontrarão reservadamente pela primeira vez desde o ingresso da ex-ministra Marina Silva no partido comandado nacionalmente pelo gestor pernambucano. O propósito é simples: combinar o jogo pré-eleitoral.

Uma possível parceria entre PSB e PSDB em Minas Gerais e Pernambuco também será discutida ao longo da reunião. Enquanto os tucanos querem o apoio dos socialistas na disputa pelo governo mineiro, os socialistas buscam garantias de que os tucanos não irão lançar um nome competitivo contra seu candidato ao governo pernambucano.

 

As conversas entre PSB e PSDB eram mais estreitas antes do último mês de outubro. Até então, nem mesmo a participação de Eduardo Campos no governo Dilma Rousseff (PT) inibia a realização desses encontros. A relação entre as duas legendas foi abalada recentemente, após a adesão de Marina Silva ao PSB, fato que deu notoriedade a Eduardo, até então desconhecido nacionalmente, permitindo-lhe pegar carona no alto conhecimento da ex-senadora, terceira colocada na disputa pelo Palácio do Planalto em 2010.

A conversa atual, portanto, tem conotação diferente das anteriores. No passado, havia articulação para que as duas legendas seguissem juntas em dez estados. Agora, as negociações devem focar, primeiro, nos redutos eleitorais de Aécio e Eduardo.

No primeiro caso, o pernambucano tenta evitar que o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) concorra contra seu candidato a governador. Aécio, por sua vez, pretende consolidar o apoio do PSB ao seu candidato em Minas Gerais.

 

Eleição Presidencial – Eduardo e Aécio sabem que precisarão disputar uma vaga no segundo turno e que a combinação entre os dois termina no momento em que um tiver mais chances de tirar o outro da disputa. Mas, por ora, um jogo minimamente ensaiado convém justamente para provocar o segundo turno contra Dilma Rousseff.

No encontro, o governador e o senador irão renovar o pacto de não agressão firmado antes da adesão da ex-senadora Marina Silva e calibrar o discurso de oposição ao governo petista.

Em seguida, os dois ambicionam tratar da construção de palanques no Piauí, na Paraíba e no Espírito Santo, com o PSB apoiando o PSDB nos dois primeiros casos e o inverso no último.

Fonte: Folha de São Paulo

 

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