Dilma: “Não há como combater a seca, há como conviver com ela”
A presidente Dilma Rousseff (PT) participou nesta segunda-feira (16) da cerimônia do Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto, e se mostrou empolgada com a qualidade dos trabalhos contemplados. Ela pediu à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que entre em contato com um dos vencedores para aplicação imediata de seu projeto, que prevê a dessalinização de água para consumo na região do semiárido.
Em seu discurso, a presidente lembrou que “somos o país com a maior reserva de água doce do planeta, um item cada vez mais estratégico e vital para sobrevivência da sociedade”, mas observou que esse bem é distribuído de forma desigual no país, já que o Nordeste atravessa a maior seca de sua história. “É preciso aprender a preservar essa riqueza”, salientou.
Dilma lembrou o lançamento, neste ano, de um Plano Safra especialmente dedicado ao semiárido e pontuou que é preciso aprender a conviver com as épocas de estiagem. “Não há como combater a seca, há como conviver com ela”, afirmou, pontuando que isso significa pesquisar e construir mecanismos para superar essa dificuldade.
Nesse ponto, ela exaltou a proposta de José Leôncio de Almeida Silva, de 23 anos, da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em Mossoró (RN), que desenvolveu uma forragem irrigada com água salina como alternativa para o semiárido. O projeto mostra a viabilidade da mistura de águas salinas para irrigação e produção de sorgo e milho no sertão potiguar.
A presidente também destacou a criatividade do projeto de Edivan Pereira, aluno do ensino médio de uma escola estadual do Pará, que propôs fabricar carvão a partir do caroço de açaí para filtrar a água usada pelas comunidades ribeirinhas para consumo próprio.
Ao final, Dilma destacou as ações do Governo Federal na educação e afirmou que a União promoveu a “maior expansão da rede federal superior”, estimulando a interiorização e a descentralização. A presidente disse ainda que o ProUni e o Fies democratizaram o acesso dos jovens ao ensino superior e que o Enem se consolida como a forma mais “justa e meritocrática” de acesso ao ensino superior. (Valor)
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