Aos 70 anos “O Quente” se foi, porém, o Rei do Brega nunca perderá sua majestade. A Música Popular Brasileira ficou mais triste com a morte do cantor e compositor pernambucano Reginaldo Rossi. O ídolo de uma enorme massa bregueira se foi nesta sexta-feira (20), após quase um mês de uma luta inglória contra um recém descoberto câncer de pulmão. Ele deixa esposa – com quem era casado há cerca de 30 anos – e dois filhos.

Rossi tinha uma vida desregrada. Bebia e fumava muito – doces pecados. Amigos e familiares alertavam, mas ele vivia como se estivesse em plena lua de mel com seus fãs. Porém, o rei foi traído pela idade, que lhe trouxe graves problemas de saúde.

No último dia 27 de novembro o cantor deu entrada no Hospital Memorial São José, na área central do Recife – cidade cantada com orgulho, pelo músico que nasceu no dia 14 de fevereiro de 1944 na capital pernambucana. Ele sentia fortes dores no peito, mas são era por um amor não correspondido. Eram os sinais de uma enfermidade que não teve piedade com o rei, ou com aqueles que o amavam.

 

Rossi mostrou para que veio ao conquistar estatísticas invejáveis no cenário da música brasileira: 14 discos de ouro; dois discos de platina; um disco de platina duplo e um disco de diamante. Em 49 anos de carreira foram 21 LPs e 10 CDs lançados, com músicas cantadas no velho e bom português, no famoso inglês ou no charmoso francês.

A paixão por outros idiomas pode ser explicada pela banda que sempre afirmou ser uma das mais fortes influências para sua carreira: The Beatles. Mas engana-se quem pensa que a única faceta de Reginaldo Rossi era a de cantor das multidões. O artista já teve passagens pelas salas de aulas, tanto como professor de física e matemática, assim como aluno da graduação em engenharia civil.

Mesmo sem ter se formado engenheiro, Rossi deixou diversas obras e construiu uma identidade cultural. Não satisfeito, o rei ainda tentou enveredar no mundo da política, mas nesse campo o sucesso não foi alcançado. Reginaldo Rossi candidatou-se a deputado estadual de Pernambuco nas eleições de 2010 pelo PDT, sem êxito. Esse fracasso teve seu lado positivo, afinal, a majestade do brega permaneceu mais tempo nos palcos.

Fonte: NE 10

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *